segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Em terra de chapinha quem tem cachos é rainha."




 "Em terra de chapinha quem tem cachos é rainha."

Não dá para entender essa frase, quase uma oração, ligada à uma imagem de um cabelo liso, né?

Eu vi essa frase postada em algum perfil do facebook, não sei ao certo de quem. Nunca mais esqueci e ainda repito para as amigas.

Adoro um cabelo bem tratado, saudável e de preferência natural.

Sei que muita gente vai ter mil argumentos para não concordar. Eu acho ok. Quer alisar, pintar, frisar... Mas tem que tratar, fazer bem feito, fazer a manutenção.

Eu tenho uma amiga (na verdade, algumas amigas) que fez o caminho inverso. Enquanto a febre do liso absoluto não passa, ela foi lá e assumiu os cachos. E ela é Cecília Bedê.


Artista, mestre em Comunicação e Semiótica na linha de pesquisa Processos de Criação nas Mídias (PUC-SP); Especialização em Arte: Crítica e Curadoria (PUC-SP). Graduação em Artes Visuais (FGF - CE). Experiências profissionais nas áreas de arte-educação, produção de exposições, conservação de acervo e curadorias independentes.  Atualmente vive e trabalha em Fortaleza, faz parte da equipe do editorial do Canal Contemporâneo, professora universitária e mãe de do Caê.
  

creme-rinse: Qual processo químico você fazia para alisar o cabelo?


Cecília Bedê: Aqui em fortaleza, no salão que eu fazia, era chamado de Texturização. Não encontrei esse processo com esse mesmo nome em São Paulo, lá era algo do tipo "definitivo".
 
creme-rinse: Por quanto tempo vc usou os cabelos lisos?
Cecília Bedê:
Uns 7 anos, aproximadamente


creme-rinse: O que te motivou voltar os cachos?

Cecília Bedê:  Na verdade, quando eu fiz, não tinha exatamente cachos. Tinha um cabelo áspero com ondinhas, crespo, em bom palavreado informal: pixaim. Dava trabalho, eu não tinha jeito pra cuidar, vivia preso e eu achava sem graça. Ai alisei, ficou lindo, leve e bom de cuidar. Nos primeiros anos foi lindo, depois, com o tempo e com a quantidade de química  foi ficando opaco e sem muito corte. Ficou reto, achatado. Com isso fui ficando com vontade de parar. Além disso, já tava a muito tempo achando paia gastar com isso, saía caro.
 
creme-rinse: Como foi o período de espera?

Cecília Bedê: Sofrido. Fiquei um ano deixando crescer. Usava preso, porque ele tava metade-metade. Mas foi divertido o suspense. Durante a espera que percebi como o cabelo tava diferente, não tava mais tão "ruim" como na adolescência. Já vislumbrava uns cachinhos.
 
creme-rinse:  Além de cachos, o que mudou  depois?





Cecília Bedê: Fiquei feliz com a mudança, é bom mudar né. Me sinto mais original e mais livre. Não tenho que reservar verba pra cabelo no meu orçamento. Foi bom ser lisa, mas to achando melhor ser cacheada.










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